Relações públicas e movimentos sociais: dilemas da visibilidade em plataformas digitais
DOI:
https://doi.org/10.5783/revrrpp.v15i29.898Palabras clave:
Visibilidade, Estratégia, Relações Públicas, Movimentos Sociais, ContramovimentosResumen
Com os processos de midiatização, as distorções e assimetrias da visibilidade se tornam mais complexas, de acordo com as condições de acesso aos variados meios de comunicação para os diferentes atores sociais e políticos. Se a visibilidade constitui um campo dinâmico de disputas que tanto é configurado por, quanto configura os atores sociais que dele participam, queremos entender como lógicas que permeiam tais interações orientam as atividades de relações públicas de movimentos sociais. Neste artigo, pretendemos discutir como movimentos sociais adequam sua comunicação a um mesmo contexto interacional que oferece lógicas – regras e recursos – para as interações, negociando de forma tática para obter bons resultados em termos de visibilidade. Para isso, analisamos as postagens de duas organizações de movimento social antagônicas no Facebook, o Levante Popular da Juventude (Levante) e o Movimento Brasil Livre (MBL). Com isso, queremos refletir de que forma a comunicação dos movimentos se assemelha, atendendo a critérios de visibilidade da plataforma, ou se diferencia, evidenciando suas identidades distintas.
Descargas
Citas
Aragusuku, H. A. (2022, 12 a 19 de outubro). Um panorama do contramovimento antigênero no Brasil: emergência, redes e narrativas [Apresentação de trabalho]. 46º Encontro Annual da ANPOCS, Campinas, SP, Brasil.
Banaszak, L. A., & Ondercin, H. L. (2010, setembro). Explaining movement and countermovement events in the contemporary U.S. Women’s Movement. [Apresentação de trabalho]. American Political Science Association Meeting, Washington,DC, Estados Unidos. https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1668884.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70.
Barros, S. A. R. (2017). Consultas online e democracia digital: um estudo comparativo da participação no Brasil e nos Estados Unidos. [Tese de Doutorado, Universidade Federal da Bahia].
Bennett, W. L.; Segerberg, A. (2012). The logic of connective action: Digital media and the personalization of contentious politics. Information, Communication & Society, 15(5), 739-768, 2012. http://dx.doi.org/10.1080/1369118X.2012.670661.
Braga, J. L. (2015). Lógicas da mídia, lógicas da midiatização? In A. Fausto Neto, N. R. Anselmina, & I. L. Gindin (Orgs.), Relatos de investigaciones sobre mediatizaciones (pp. 15-32). UNR Editora.
Brake, D. R. (2017). The Invisible Hand of the Unaccountable Algorithm: How Google, Facebook and Other Tech Companies Are Changing Journalism. In: J. Tong, & SH. Lo (Orgs.). Digital Technology and Journalism. Palgrave Macmillan.
Brighenti, A. M. (2007). Visibility: a category for the social sciences. Current Sociology, 55(3), 323-342. https://doi.org/10.1177/0011392107076079
Bucher, T. (2012). Want to be on the top? Algorithmic power and the threat of invisibility on Facebook. New Media & Society, 14(7), 1164–1180. https://doi.org/10.1177/1461444812440159.
Carlón, M. (2019). Crisis de la democracia representativa? Mediatización y circulación. In P. C. Castro (Org.), Midiatização e reconfigurações da democracia representativa (pp. 19-39). EDUEPB.
Cogo, D. (2004). Mídia, identidades culturais e cidadania: sobre cenários e políticas de visibilidade midiática dos movimentos sociais. In C. M. K. Peruzzo (Org.), Vozes cidadãs: aspectos teóricos e análises de experiências de comunicação popular e sindical na América Latina (pp. 41-56). Angellara Editora.
Coletivo Nacional de Agitprop (2016). História, acúmulos, desafios e organicidade do AgitProp do Levante. In Levante Popular da Juventude. 2º Caderno de Debates do 3º Acampamento Nacional do Levante. https://levante.org.br/acervo/#
Dayan, D. (2013). Conquering Visibility, Conferring Visibility: Visibility Seekers and Media Performance. International Journal of Communication, 7, 137-153.
Della Porta, D., & Diani, M. (2020). Organizations and organizing within social movements. In D. Della Porta, & M. Diani. Social movements: an introduction (3a ed., pp.134-160). Wiley Blackwell.
Donges, P., & Jaren, O. (2014). Mediatization of Political Organizations: changing parties and interest groups? In F. Esser, & J. Strömback. Mediatization of politics: understanding the transformation of western democracies (pp. 181-199). Palgrave Macmillan.
Dorf, M. C., & Tarrow, S. (2014). Strange bedfellows: How an anticipatory countermovement brought same-sex marriage into the public arena. Law & Social Inquiry, 39(2), 449–473. doi:10.1111/lsi.12069
Edwards, L. (2018). Comunicação, poder organizacional e democracia. In T. Mainieri, & Â. Marques (Orgs.), Comunicação & poder organizacional: enfrentamentos discursivos, políticos e estratégicos (pp. 23-48). Gráfica UFG.
Jasper, J. M., Moran, K., & Tramontano, M. (2015). Strategy. In D. Della Porta, & M. Diani (Orgs.), The Oxford Handbook of Social Movements (pp. 399-409). Oxford University Press.
Levante Popular da juventude. (2012). Caráter e organicidade. [Cartilha impressa].
Kataguiri, K. (2019). Surge o movimento. In Kataguiri, K., & Santos, R. Como um grupo de desajustados derrubou a presidente. MBL: a origem. Editora Record.
Lo, C. Y. H. (1982). Countermovements and Conservative Movements in the Contemporary U.S. Annual Review of Sociology, 8, 107–134. https://www.jstor.org/stable/2945990
Machado, J., & Miskolci, R. (2019). Das jornadas de junho à cruzada moral: o papel das redes sociais na polarização política brasileira. Sociol. Antropol, 9(3), 945-970. https://doi.org/10.1590/2238-38752019v9310
Mattoni, A. (2016). Media Practices and Protest Politics: How precarious workers mobilise. Routledge.
Martins, M. F. (2018). Educação, cidadania regressiva e movimentos sociais regressivos: o MBL em questão. Critica Educativa, 4(2), 41-68. https://doi.org/10.22476/revcted.v4i2.364
MBL. (2015). Manual de Instruções para Filiais Municipais. Movimento Brasil Livre https://pt.scribd.com/doc/277263728/Manual-de-Filiais-do-MBL?fbclid=IwAR2mEcr21uKZjsRzLuW-I410-Do7axq3Z8_mXRKIU8t25crlmlRZiM_Wue0.
Meyer, D. S., & Staggenborg, S. (1996). Movements, countermovements, and the structure of political opportunity. American Journal of Sociology, 101(6), 1628–1660. https://www.jstor.org/stable/2782114
Prudencio, K. (2020). Entre a cruz e a caldeirinha: ativismo digital e os limites para o debate público. In L. A. Farias, E. Lemos, & C. N. Rebechi. Opinião Pública, comunicação e organizações: convergências e perspectivas contemporâneas (pp. 194-210). Abrapcorp.
Rieder, B., Matamoros-Fernández, A., & Coromina, Ò. (2018). From ranking algorithms to ‘ranking cultures’: investigating the modulation of visibility in YouTube search results. Convergence, 24(1), 50-68. https://doi.org/10.1177/1354856517736982
Ruskowski, B. de O. (2009). Levante juventude, juventude é pra lutar: a relação entre esferas de vida e identidade na construção do engajamento juvenil [Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas). LUME Repositório Digital. http://hdl.handle.net/10183/16892
Santos Júnior, M. A., & Albuquerque, A. (2019). Perda da hegemonia da imprensa - a disputa pela visibilidade na eleição de 2018. Lumina, 13(3), 5-28. DOI: https://doi.org/10.34019/1981- 4070.2019.v13.28668.
Santos, R. (2019). Raio privatizador. In Kataguiri, K., & Santos, R. Como um grupo de desajustados derrubou a presidente. MBL: a origem. Editora Record.
Santos, G. R. M., & Crusoé, N. M. C. (2017). A prática educativa no movimento social “Levante Popular da Juventude”: narrativas de participantes [Apresentação de trabalho]. Seminário Gepráxis, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil.
Silva, M. K., & Pereira, M. M. (2020). Movimentos e contramovimentos sociais: o caráter relacional da conflitualidade social. Revista Brasileira de Sociologia, 8(20), 26-49. https://doi.org/10.20336/rbs.647
Tarrow, S. (2011). Power in movement: social movements and contentious politics (3a ed.). Cambrige University Press.
Tilly, C. (2010). Movimentos sociais como política. Revista Brasileira de Ciência Política, (3), 133-160. https://periodicos.unb.br/index.php/rbcp/article/view/1677
Volpato, A. N. (2022). Estratégias de visibilidade de movimentos sociais da juventude na sociedade midiatizada [Tese de Doutorado, Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design]. Repositório Institucional UNESP. http://hdl.handle.net/11449/237290
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Alana Nogueira Volpato, Carla Negrim Fernandes de Paiva, Caroline Kraus Luvizotto

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:- Los autores conservan los derechos de autor y garantizan a la revista el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden establecer por separado acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en la revista (por ejemplo, situarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se anima a los autores a difundir sus trabajos electrónicamente (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su propio sitio web) antes y durante el proceso de envío, ya que puede dar lugar a intercambios productivos, así como a una citación más temprana y mayor de los trabajos publicados (Véase The Effect of Open Access) (en inglés).